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quinta-feira, 28 de abril de 2011

LANÇAMENTOS IMPERDÍVEIS DA NOVA CARA DA MPB & INSTRUMENTAL

Saxofonista Da Do lança CD instrumental Minha Cidade
Com ilustrações caprichadas do artista gráfico Lelis, álbum tem na banda Silvia Góes (piano), Renato Loyola (baixo) e Celso Almeida (bateria) e arranjo de duas faixas por Nelson Ayres. Entre São Paulo e Rio de Janeiro, as duas cidades onde vive atualmente, o saxofonista, flautista, arranjador e compositor Da Do diz que o título do seu CD, Minha Cidade não se refere nem a uma nem a outra capital: “é minha cidade interior. Um reflexo da minha alma, do meu mundo interno. Nessa cidade procuro viver em paz e com equilíbrio. Quando entro em contato com a cidade real, sinto um grande contraste e tenho que me fechar para me defender da agressividade e desordem desta última. É um lugar onde meus ideais regem. Portanto, não necessariamente uma cidade boa para todos. As músicas são um reflexo disso. São sentimentos: saudade, tristeza, alegria, amor, contemplação da natureza, lembranças e outros que até não saberia nomear pois não são sentimentos específicos”. É esse mundo interno que chega a público em 12 temas instrumentais próprios, cada um com uma caprichada ilustração do artista plástico mineiro Lelis, feitas especialmente para o CD. Da Do é apelido e nome artístico do paulista Leonardo Magnelli que começou muito cedo na música, aos três já fazia aulas de piano com Eunice Katunda. Mais tarde veio a flauta transversal e o saxofone, por causa desse último foi estudar na Manhattan Shcool of Music, de Nova York , entre 1998 e 2003. No Brasil, Da Do tem atuado em bandas de apoio de Fafá de Belém, Cristina Buarque, Elton Medeiros, Renato Braz, Vanessa da Matta, Mariana Aydar, Céu, Otto, Toni Garrido, Diogo Nogueira e outros. Também nas banda Glória e Itiberê Orquestra Família. Da Do constrói sua música fundindo ritmos brasileiros ao jazz e à música cubana, por exemplo. Ele diz: “Sempre tive uma queda por latin jazz. Quando voltei ao Brasil, fiz um estudo aprofundado de percussão brasileira que já havia começado em Nova York, com o estudo do pandeiro. Aqui, dei continuidade com minha participação na bateria da Escola de Samba Vai Vai e posteriormente com o estudo de bateria. Isso tudo, somado a um profundo e longo aprendizado de chorinho, me ajudaram a desenvolver uma linguagem de improvisação brasileira. Ou seja, busquei uma rítmica e fraseado brasileiros para serem usados na improvisação”. O repertório é diversificado e tem desde samba (Sorrir pra não chorar), passando por choro (Funilaria e No correio), bolero (Romance), bossa jazz (Pedra de rio), até partido alto (Sol do Brasil). Esta última ele conta como se inspirou: “Morei no Exterior e não é algo simples e fácil, especialmente para um brasileiro. Ao voltar ao Brasil, a primeira coisa que derrete o coração para um sujeito mal-tratado, ignorado e subestimado pela frieza internacional, é um sol pesado e cheio de carinho que cai nos ombros ao caminhar pelo estacionamento do aeroporto com duas toneladas de peso e amor”.
Grupo instrumental Quatro a Zero lança CD Alegria
O quarteto se aprofunda no universo do choro ao mesmo tempo em que expande fronteiras, ao promover o encontro desta tradição com jazz e música erudita. O CD Alegria apresenta, de uma só vez, a maturidade e a renovação de uma proposta artística consistente e inovadora, desenvolvida há 10 anos pelo grupo Quatro a Zero. Fazendo uso de uma instrumentação atípica para o choro, o quarteto se aprofunda neste universo ao mesmo tempo em que expande suas fronteiras, ao promover o encontro desta tradição com o jazz e a música erudita. Algumas gravações de seu terceiro CD já tinham sido realizadas quando, em outubro de 2009, o falecimento inesperado de Lucas da Rosa, fundador e baterista do grupo, interrompeu o projeto. No decorrer do ano de 2010, com a incorporação de um novo integrante – o baterista Lucas Casacio –, o quarteto retomou suas atividades, em um delicado processo de reconstrução que assumiu como objetivo primeiro a finalização desta obra. Desde o primeiro momento, o CD Alegria partiu de uma dupla intenção: revisitar projetos do passado do grupo ainda não gravados em disco e dar vazão à produção autoral inédita dos seus integrantes. No processo de reelaboração, esses propósitos foram preservados, no entanto, novos conteúdos e significados foram acrescentados. A referência a antigos projetos está presente na gravação dos quatro movimentos da Suíte Retratos, de Radamés Gnattali – fruto de um contato profundo do grupo com a obra do compositor. No entanto há, neste registro, um sentido inesperado: trata-se das últimas gravações realizadas por Lucas da Rosa, nas quais se manifesta, de maneira exuberante, a maturidade de um músico muito original. Da mesma forma, a presença, em três faixas, de convidados especialíssimos (Joel Nascimento – bandolinista carioca que excursionou com o grupo por universidades do país em 2006; Oscar Bolão, o mestre maior de  Lucas da Rosa e o saxofonista Nailor Proveta, referência fundamental do quarteto desde a sua origem), apresenta ao público parcerias históricas do Quatro a Zero e, ao mesmo tempo, testemunha a força oferecida pelos amigos ao grupo, num momento de superação. Por fim, a ênfase nas composições inéditas marca uma nova etapa na trajetória do grupo. Depois de um longo período de maturação dos músicos e de suas pesquisas sobre a linguagem do choro, eles se sentem à vontade para dar um passo adiante, valorizando sua criação autoral. A alegria – num antagonismo apenas aparente com o choro – sempre foi um estado do sentir muito presente na música do Quatro a Zero. Sempre foi, também, uma característica marcante da personalidade de Lucas da Rosa. É através de Alegria que o Quatro a Zero homenageia seu fundador e é na busca por ela, que segue sua trajetória. De seu surgimento em 2001, Quatro a Zero vem delineando uma rica trajetória de amadurecimento e colhendo crescente repercussão. Apresentou-se mais de uma centena de vezes em mais de 50 cidades brasileiras (de Porto Alegre-RS a Boa Vista-RR). Conquistou, em 2004, o 2º lugar no 7º Prêmio VISA de Música Brasileira e lançou no ano seguinte seu primeiro CD, o elogiado Choro Elétrico. Em 2006 o grupo passou por uma fase de imersão na música de Radamés Gnattali que resultou num espetáculo em homenagem ao centenário de nascimento do maestro, com participações de Toninho Ferragutti e Rafael do Santos. No mesmo ano participou de projetos culturais importantes como o Pixinguinha, excursionando pela região norte e o Circuito Instrumental Universitário, apresentando-se por todo o país ao lado do bandolinista Joel Nascimento. Em seguida envolveu-se em profunda pesquisa a respeito do choro do interior do estado de São Paulo, Memórias do Choro Paulista, que resultou em seu segundo CD, Porta Aberta (2008), patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo (ProAC). Com este projeto, o grupo circulou com oficinas e espetáculos por todo o interior do estado.
Álbum ‘Cósmico Samba’ traz os sambas da paulista Luama
Repertório tem músicas próprias e novas versões para composições de Nação Zumbi e Paulinho da Viola. Cósmico Samba, um disco só com sambas, é o terceiro disco da cantora, compositora e violonista Luama.  Nada a ver com samba carioca ou baiano, apenas o samba de uma paulista nascida no interior, Tanabi, e hoje vivendo na capital. “As canções deste CD são ‘cósmicas’ porque foram criadas, inventadas, e não simplesmente imitadas ou reproduzidas. Cósmico significa criação. Os temas trazem conteúdo filosoficamente ‘eternos’, como liberdade, beleza, alegria, amor, irradiando novas formas, ‘cósmicas formas’, através do samba”. É assim que Luama, com seus já 10 anos de carreira, fala de seu Cósmico Samba (www.tratore.com.br), no qual mergulha no universo do mais brasileiro dos ritmos, com jeito próprio, ligado ao seu meio, à sua pequena Tanabi. Gravado ao vivo em 2009, em São Paulo, esse novo trabalho difere dos dois primeiros, Luama(1999) e A hora do meio-dia (2003): As novas canções em forma de samba foram surgindo espontaneamente,  diferentemente do clima intimista dos CDs anteriores, resultando num trabalho “mais extrovertido, quebrado, com groove, dançante e de letras mais objetivas. Do ponto de vista poético é mais aberto”, ressalta  a cantora. São 13 faixas todas próprias, além de Faz Tempo (Nação Zumbi), Cadê a Razão (Paulinho da Viola) e Você tem que saber, composição dela com letra de Afopec de Freitas. Luama se considera autodidata, uma ‘artista-autora’: “Faço música pensando nela como um fazer artístico. Nesta visão está implícita a idéia de originalidade e inovação. Meu caminho é mais pelos desvios dos modelos do que pela imitação. Por outro lado as influências são fundamentais porque é através delas que chegam as informações necessárias à prática. Sempre fui fã de Jorge Ben, Egberto Gismonti, Chico Buarque, Tim Maia, Santana, Gal Costa, Noel Rosa, Jimi Hendrix, Elza Soares, Adoniran Barbosa...”. Desde seu primeiro disco Luama vem lapidando sua arte em apresentações com músicos das origens mais variadas: roqueiros, instrumentistas da área erudita, sambistas da zona leste paulistana, daí o nome da banda Eclética Orquestra. No CD, dois destes músicos contribuem: Renato Dias, vocalista do Sinhô Preto Velho e o multi-intrumentista Loop B. As músicas de Luama também são trilha sonora para premiados filmes como Chifre de Camaleão (2003), O Arroz nunca Acaba (2005) e Quero ser um monstro (2009), todos do carioca Marcelo Marão.
O cantor Mateus Sartori está lançando seu terceiro CD, Franciscos. O disco traz só compositores com o nome de Francisco, entre eles, Chico Buarque, Chico César, Chico Pinheiro, Chico Anysio, Chico Saraiva e até Itamar Assumpção, cujo prenome é Francisco. Produzido pelo pianista Tiago Costa, Franciscos tem sonoridade camerística, em que o conjunto piano, baixo acústico, bateria, violão e percussão encontra a unidade de timbres do álbum, apesar da diversidas de de ritmos. Mateus Sartori tem dois CD lançados Todos os Cantos (2006) e Dois de Fevereiro (2008), este último dedicado a parte da obra de Dorival Caymmi e alvo de felizes críticas de imprensa. É definido assim por um dos compositores do gravados no CD, Chico Pinheiro: “Mateus é um grande cantor e estou muito feliz de ter participado desse projeto como instrumentista e como compositor”. Nascido em Franca, Mateus reside em Mogi das Cruzes, ambas cidades do interior paulista. Tem formação de arquiteto mas canta desde os 13 anos. Primeiro em corais, depois em festivais de música e por fim em carreira-solo, que culminou com o primeiro CD, Todos os Cantos, que tem participação de Guinga, Renato Braz e Nailor Proveta. Já atuou em shows ao lado de Ivan Lins, Guilherme Arantes e Flávio Venturinni. Em paralelo fez cursos de canto em instituições como a Universidade Livre de Música Tom Jobim (SP). Entre suas influências, cita Ney Matogrosso, Mônica Salmaso, Nana Caymmi e Elis Regina. No repertório de Franciscos, um leque variado de canções. Vai desde Pandeiro é meu nome, de Francisco Ferreira da Silva, sucesso de Alcione, aqui totalmente repaginado por Mateus; Cantando no Toró e Morro dois irmãos, de Chico Buarque; uma parceria rara entre Chico César  e de Itamar Assumpção Dúvida Cruel e a bela valsa Eu sonhei que tu estavas tão linda de Francisco Mattoso e Lamartine Babo.